quarta-feira, 9 de março de 2011

Luto

Hoje recebi a melhor ligação da minha vida (pai), porém com a pior notícia (falecimento - irmão). Nunca tinha vivido isso. Nunca presenciei a morte de um ente querido antes. Só sabia a respeito de ouvir falar, e gostaria que permanecesse assim, mas infelizmente, tive a minha 1° vez.


Quando ouvi meu pai falar com um tom meio embargado que não estava bem, meu coração acelerou sem pressão alguma. Meus pés não tinham força alguma para dar os próximos passos até chegar a uma cadeira para que eu me assentasse e ouvisse o que se passava até então. Foi aí que meu pai me explicou que a situação era pior do que eu imaginava, e naquele momento achei que meu pai estava muito doente. Antes fosse. Mas, era realmente pior, comparado ao que eu ouvi segundos depois: Seu irmão caçula acabou de falecer... 


Deus do céu, como foi difícil... fiquei tão desorientada que a vontade era de ir até ele (Maceió) a pé. Mas quando a ligação finalmente encerrou, fui para meu quarto na intenção de que a ficha caísse. Me organizei, suguei forças em minha mãe e nos meus amigos (Dedeu, Angela e Júnior), e me preparei psicologicamente, para estar presente no sepultamento no dia seguinte (quinta-feira). Viajei às 14:00hs, no carrinho do Júnior e Ângela, com direção do meu também irmão em Cristo, Paulo Roberto, que teve muita paciência comigo, e me fortificou todo o tempo. Apesar da dor, a viagem pra mim foi bacana... Me distraí muito com eles___são pessoas maravilhosas em minha vida!!! 


Ao chegar, recebi muita especulação de quem eu era, porque eu estava ali, enfim, as pessoas só sossegaram quando a Angela me apresentou. Como diz ela, propaganda "Boca a boca" é a melhor. O decorrer do dia foi exaustivo. Durante o velório fiquei o tempo todo com meu irmão mais velho, o Moisés. Ele se agarrou a mim e não me soltou um instante sequer. Unimos forças para superar esse momento. Depois que todo mundo se foi... Me despedi de todos... sentindo a falta "daquele" abraço. Eu só queria ouvir o minha irmã mais uma vez. (Aff) Retornamos já era 21hs. Paramos para lanchar... (Luziápolis). Chegamos por fim quase 23hs. Fui recepcionada por minha família, que tem me fortalecido muito esses dias.


Embora muitos ainda se perguntem: - Mas você nem o conhecia direito. - Você nem tinha tanto contato com ele assim. Porque tanto desespero?


Eu te respondo: No pouco contato que tive com ele, foi criado um laço de amor enorme. Ele foi o único de todos os três, que me recebeu sem  nem hesitar. Ele me chamou de minha irmã, no nosso 1° abraço. (Como já foi registrado).
Ai que sensação maravilhosa vivi aquele dia... Que hoje, não tem como repetir.
Sinto remorsos pelo fato de não tê-lo visitado durante os quatro meses em que ele se encontrou interno lutando contra sua inimiga: A leucemia. Mas, como saber? Meu pai, em sua paranóia de me poupar preocupações, não me avisou a respeito de nada. Está muito difícil... continuar sem uma parte de mim. Ele era sangue do sangue. Ele era meu caçula. Ele é meu irmão.







Maxsuel__Sempre aqui ---> S2!!!

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